22
Dez 17

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Olha que lindo esse texto:

Mãe, posso dormir na casa da vó hoje?

Escutei dentro do ônibus hoje de manhã.
Quando consegui me virar para ver a criança que me fez voltar ao passado apenas com uma frase, ela já não estava mais ao alcance dos meus olhos. Viajei longe.
Quando foi que o tempo passou e nos fez adultos cheio de prioridades chatas?
Lutamos todos os dias por alguma coisa que não sabemos se é o que realmente queremos, quando na verdade, casa de vó é o que todo mundo precisaria pra ser feliz.

Casa de vó é onde os ponteiros do relógio tiram férias junto com a gente e passam os minutos sem pressa de chegada.
Casa de vó é onde uma simples macarronada e um pão caseiro ganham sabores diferentes, deliciosos.
Casa de vó é onde uma inocente tarde pode durar uma eternidade de brincadeiras e fantasias.
Casa de vó é onde os armários escondem roupas antigas e ferramentas misteriosas.
Casa de vó é onde as caixas fechadas se tornam baús de tesouros secretos, prontos para serem desvendados.
Casa de vó é onde os brinquedos raramente surgem prontos, são todos inventados na hora.
Casa de vó tudo é misteriosamente possível de acontecer. Mágico. Sem preocupações.
Casa de vó é onde a gente encontra os restos da infância dos nossos pais e o início de nossas vidas.

Casa de vó, só mesmo lá dentro, no endereço do nosso afeto mais profundo, tudo é permitido.
Esse luxo não pode me pertencer mais - infelizmente - viverá comigo apenas nas mais bonitas recordações.
Mesmo assim se eu pudesse fazer um pedido agora, qualquer pedido, de todos os pedidos do mundo eu iria pedir a mesma coisa.

Posso dormir na casa da vó hoje?

Autor: Saulo Subirá

Melhor época da vida! 💛

publicado por momentoskatia às 16:05

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VC JA FAXINOU SUA CASA PRA ESTE FIM DE ANO?🏡✨ Vamos lá!!!

Vida nenhuma prospera se estiver pesada e intoxicada, porque existem fios invisíveis que nos ligam à tudo aquilo que possuímos.

AS TOXINAS DA CASA SÃO:
🔻objetos que você não usa
🔻roupas que você não gosta ou não usa há tempos
🔻coisas feias
🔻coisas quebradas, lascadas ou rachadas
🔻velhas cartas, bilhetes
🔻plantas mortas ou doentes
🔻recibos/jornais/revistas antigos
🔻remédios vencidos
🔻meias velhas, furadas
🔻sapatos estragados
🔻velharias de todo tipo que te ligam ao passado

OLHA QUE MALUCO:
➖No porão e no sótão, as tralhas viram sobrecarga;
➖Na entrada, restringem o fluxo da vida;
➖Empilhadas no chão, nos puxam para baixo;
➖Acima de nós, são dores de cabeça;
➖Sob a cama, poluem o sono
➖Espalhadas pela casa, entulham a vida.

COM O DESTRALHAMENTO:
🔺 A saúde melhora;
🔺 A criatividade cresce;
🔺Os relacionamentos se aprimoram;
🔺 Há maior capacidade de raciocínio;
🔺 Leveza no espírito e no humor

PERGUNTAS QUE AJUDAM O DESTRALHAMENTO:
➕Por que estou guardando isso?
➕Será que tem a ver comigo hoje?
➕O que vou sentir ao liberar isto?

...e vá fazendo pilhas separadas...

🔹Para doar!
🔹Para jogar fora!
🔹Para vender

🔺A LIMPEZA DE DENTRO REFLETE POR FORA🔻

➖livre-se de barulhos,
➖das luzes fortes,
➖das cores berrantes,
➖dos odores químicos,
➖dos revestimentos sintéticos,
➖do que traz lembrança triste...
➖libere mágoas,
➖pare de fumar,
➖repense o uso da carne,
➖termine projetos inacabados.

➕Cultive energia positiva em sua casa.
➕Faça uma limpeza geral e use caixas para organização:

🚫lixo
✅consertos
♻reciclagem
🤔em dúvida
🎁presentes
💞doação
🤑 vender

Comece por gavetas e armários e conclua cada cômodo, faça tudo no seu ritmo...
ENQUANTO FAXINA observe as mudanças acontecendo em ✨VOCÊ✨

À medida em que limpamos nossa casa física, também colocamos em ordem nossa mente e coração!

Desconheço o autor

publicado por momentoskatia às 16:01

07
Dez 17

3 árvores.jpg

 
Havia, no alto da montanha três pequenas árvores que sonhavam o que seriam depois de grandes.
 
A primeira, olhando as estrelas disse:
 
– Eu quero ser o baú mais precioso do mundo, cheio de tesouros. Para tal, até me disponho a ser cortada.
 
A segunda olhou para o riacho e suspirou:
 
– Eu quero ser um grande navio para transportar reis e rainhas.
 
A terceira árvore olhou o vale e disse:
 
– Quero ficar aqui no alto da montanha e crescer tanto que as pessoas, ao olharem para mim, levantem seus olhos e pensem em Deus.
 
Muitos anos se passaram e certo dia vieram três lenhadores pouco ecológicos e cortaram as três árvores. Todas ansiosas em serem transformadas naquilo que sonhavam. Mas lenhadores não costumam ouvir nem entender sonhos!!…
 
Que pena!
 
A primeira árvore acabou sendo transformada num coxo de animais, coberto de feno.
 
A segunda virou um simples e pequeno barco de pesca, carregando pessoas e peixes todos os dias.
 
E a terceira mesmo sonhando em ficar no alto da montanha, acabou cortada em grossas vigas e colocadas num depósito.
 
E todas as três se perguntavam desiludidas e tristes: para que isso?
 
Mas, numa certa noite, cheia de luz e estrelas, onde havia mil melodias no ar, uma jovem mulher colocou seu neném nascido naquele coxo de animais. E de repente, a primeira árvore percebeu que continha o maior tesouro do mundo.
 
A segunda árvore anos mais tarde, acabou transportando um homem que acabou dormindo no barco, mas quando a tempestade quase afundou o pequeno barco, o homem levantou e disse: Paz! E num relance, a segunda árvore entendeu que estava carregando o Rei dos Céus e da Terra.
 
Tempos mais tarde, numa sexta-feira, a terceira árvore espantou-se quando suas vigas foram unidas em forma de cruz e um homem foi pregado nela. Logo, sentiu-se horrível e cruel. Mas, logo no Domingo, o mundo vibrou de alegria. E a terceira árvore entendeu que nela havia sido pregado um homem. Para salvação da humanidade e que as pessoas sempre se lembrariam de DEUS e de seu filho JESUS CRISTO ao olharem para ela.
 
As árvores haviam tido sonhos… Mas as suas realizações foram mil vezes melhores e mais sábia do que haviam imaginado.
 
Temos nossos sonhos, nossos planos e por vezes, não coincidem com os planos que Deus tem para nós. E quase sempre somos surpreendidos com a sua generosidade e misericórdia.
publicado por momentoskatia às 16:24

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Sabe tese, de faculdade? Aquela que defendem? Com unhas e dentes? É dessa tese que eu estou falando. Você deve conhecer pelo menos uma pessoa que já defendeu uma tese. Ou esteja defendendo. Sim, uma tese é defendida. Ela é feita para ser atacada pela banca, que são aquelas pessoas que gostam de botar banca.

 

As teses são todas maravilhosas. Em tese. Você acompanha uma pessoa meses, anos, séculos, defendendo uma tese. Palpitantes assuntos. Tem tese que não acaba nunca, que acompanha o elemento para a velhice. Tem até teses pós-morte.

O mais interessante na tese é que, quando nos contam, são maravilhosas, intrigantes. A gente fica curiosa, acompanha o sofrimento do autor, anos a fio. Aí ele publica, te dá uma cópia e é sempre – sempre – uma decepção. Em tese. Impossível ler uma tese de cabo a rabo.

São chatíssimas. É uma pena que as teses sejam escritas apenas para o julgamento da banca circunspecta, sisuda e compenetrada em si mesma. E nós?

Sim, porque os assuntos, já disse, são maravilhosos, cativantes, as pessoas são inteligentíssimas. Temas do arco-da-velha. Mas toda tese fica no rodapé da história. Pra que tanto sic e tanto apud? Sic me lembra o Pasquim e apud não parece candidato do PFL para vereador? Apud Neto.

Escrever uma tese é quase um voto de pobreza que a pessoa se autodecreta. O mundo pára, o dinheiro entra apertado, os filhos são abandonados, o marido que se vire. Estou acabando a tese. Essa frase significa que a pessoa vai sair do mundo. Não por alguns dias, mas anos. Tem gente que nunca mais volta.

E, depois de terminada a tese, tem a revisão da tese, depois tem a defesa da tese. E, depois da defesa, tem a publicação. E, é claro, intelectual que se preze, logo em seguida embarca noutra tese. São os profissionais, em tese. O pior é quando convidam a gente para assistir à defesa. Meu Deus, que sono. Não em tese, na prática mesmo.

Orientados e orientandos (que nomes atuais!) são unânimes em afirmar que toda tese tem de ser – tem de ser! – daquele jeito. É pra não entender, mesmo. Tem de ser formatada assim. Que na Sorbonne é assim, que em Coimbra também. Na Sorbonne, desde 1257. Em Coimbra, mais moderna, desde 1290. Em tese (e na prática) são 700 anos de muita tese e pouca prática.

Acho que, nas teses, tinha de ter uma norma em que, além da tese, o elemento teria de fazer também uma tesão (tese grande). Ou seja, uma versão para nós, pobres teóricos ignorantes que não votamos no Apud Neto.

Ou seja, o elemento (ou a elementa) passa a vida a estudar um assunto que nos interessa e nada. Pra quê? Pra virar mestre, doutor? E daí? Se ele estudou tanto aquilo, acho impossível que ele não queira que a gente saiba a que conclusões chegou. Mas jamais saberemos onde fica o bicho da goiaba quando não é tempo de goiaba. No bolso do Apud Neto?

Tem gente que vai para os Estados Unidos, para a Europa, para terminar a tese. Vão lá nas fontes. Descobrem maravilhas. E a gente não fica sabendo de nada. Só aqueles sisudos da banca. E o cara dá logo um dez com louvor. Louvor para quem? Que exaltação, que encômio é isso?

E tem mais: as bolsas para os que defendem as teses são uma pobreza. Tem viagens, compra de livros caros, horas na Internet da vida, separações, pensão para os filhos que a mulher levou embora. É, defender uma tese é mesmo um voto de pobreza, já diria São Francisco de Assis. Em tese.

Tenho um casal de amigos que há uns dez anos prepara suas teses. Cada um, uma. Dia desses a filha, de 10 anos, no café da manhã, ameaçou:

– Não vou mais estudar! Não vou mais na escola.

Os dois pararam – momentaneamente – de pensar nas teses.

– O quê? Pirou?

– Quero estudar mais, não. Olha vocês dois. Não fazem mais nada na vida. É só a tese, a tese, a tese. Não pode comprar bicicleta por causa da tese. A gente não pode ir para a praia por causa da tese. Tudo é pra quando acabar a tese. Até trocar o pano do sofá. Se eu estudar vou acabar numa tese. Quero estudar mais, não. Não me deixam nem mexer mais no computador. Vocês acham mesmo que eu vou deletar a tese de vocês?

Pensando bem, até que não é uma má idéia!

Quando é que alguém vai ter a prática idéia de escrever uma tese sobre a tese? Ou uma outra sobre a vida nos rodapés da história?

Acho que seria uma tesão.

Escrito por Mario Prata e publicado no jornal O Estado de São Paulo, Caderno 2, 1998.

por PÓS-GRADUAÇÃO

 
publicado por momentoskatia às 16:20

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