16
Out 07


Certa vez, uma menina foi visitar o seu pai
e conversando com ele, começou a se queixar da vida,
dizendo que tudo estava muito ruim, difícil. 

A menina estava tão abatida que sua vontade de lutar
e combater não existia mais. Sem saber o que fazer,
queria, na verdade, desistir de tudo.
A impressão que ela tinha era a de que assim
que um problema estava resolvido, um outro surgia. 

- Pai, atualmente minha vida está de cabeça para baixo,
pois tudo está complicado,
tudo tão difícil, nada se resolve. 

Seu pai, um senhor sábio, muito tranqüilo,
honestíssimo com a vida, era um cozinheiro de mão-cheia.
Nesse dia, levou sua filha até a cozinha da sua casa. 

Não falou nada, nem uma palavra de conforto.
Apenas olhando-a no fundo dos seus olhos,
como quem quer dizer:
- Filha, preste atenção no que estou fazendo:
Ele encheu três panelas idênticas com água
e colocou-as no fogão, todas em fogo alto. 

Na primeira panela, colocou algumas cenouras. 
Na segunda, colocou ovos. 
Na terceira, uma concha com pó de café.

Ainda sem dizer uma palavra,
logo que as três panelas começaram a borbulhar,
ele apagou as bocas do fogão.
A menina estava impaciente,
tentando imaginar o que ele estaria fazendo. 

Pegou as cenouras e colocou-as em uma tigela. 
Retirou os ovos e colocou-os em outra tigela. 
Com uma concha, pegou o café e colocou em uma xícara.

O pai virou-se para a filha e perguntou:
- Minha filha, o que você está vendo? 

A menina atenta a tudo, respondeu:
- Cenouras, ovos e café.

Ele a trouxe para mais perto e pediu-lhe: 
- Minha filha experimente as cenouras. 
Ela obedeceu e comentou: - Pai, as cenouras estão macias. 
Ele, então, pediu-lhe que pegasse um dos ovos e quebrasse.
Mais uma vez, ela obedeceu e depois de retirar a casca, 
ao tocar no ovo, verificou que o ovo tinha endurecido com a fervura. 
Finalmente, ele lhe pediu que tomasse um gole do café. 

Ela sorriu ao sentir o aroma e provar aquele delicioso café.
Então perguntou: - Pai o que tudo isso quer dizer? 

Ele explicou: - Filha, a cenoura, o ovo e o café,
todos eles enfrentaram a mesma adversidade,
a água fervente, mas cada um reagiu de maneira diferente. 

A cenoura entrara forte, firme e inflexível,
mas depois de ter sido submetida à água fervendo,
ela amolecera e se tornara frágil.
Os ovos eram frágeis, sua casca fina havia protegido o líquido interior,
mas depois de terem sido fervidos na água,
seu interior se tornara endurecido.
O pó de café, contudo, era incomparável;
depois que fora colocado na água fervente,
ele havia mudado a água.

Ele perguntou:
- Quando algumas adversidades batem à sua porta,
como você reage? Qual deles você é,
com qual deles você se identificou, filha? 

Minha querida, nós somos os únicos responsáveis pelas nossas atitudes,
por nossas decisões e também por nossas mudanças.
Cabe a nós, somente a nós,
decidir se a suposta crise irá ou não afetar nosso rendimento profissional,
nossos relacionamentos pessoais ou a nossa vida como um todo. 

Filha, quando você ouvir outras pessoas reclamando da vida,
assim como você estava fazendo, ofereça uma palavra positiva.
Mas, lembre-se minha filha, de que você precisa acreditar nisso.
Confiar que você tem capacidade suficiente para superar
e transformar qualquer que seja o desafio que chega até você,
assim como o café fez, quando misturado com a água fervente. 

E você com qual deles se identificou?
Com a cenoura que parecia tão forte,
mas com o calor murchou, se tornou frágil? 

Será que você é como o ovo,
que começa com um coração maleável,
mas depois de algumas perdas ou após algumas decepções
se torna mais duro, apesar de a casca parecer a mesma? 

Ou será que você é como o pó de café,
capaz de transformar a adversidade
em algo ainda melhor do que ele próprio? 

Sinceramente, espero que nesta semana,
você aproveite todos os momentos, sejam ou não bons.
Se por acaso você encontrar alguém reclamando da vida,
que você consiga impactar com uma resposta positiva. 

Alguém uma vez disse: "Uma vida não tem importância
se não for capaz de impactar positivamente outras vidas".

Texto de autoria desconhecida com adaptação de Carlos Wendell Pozzobon

publicado por momentoskatia às 17:47
sinto-me:

 

16/10/07

 

Dizia o fundador da Universidade de Navarra que as pessoas que têm ideais - e por eles lutam - devem sonhar, pois seus sonhos ficarão aquém da realidade.


Todos os meus sonhos de professor, preparador de estudantes para a admissão em faculdades de Direito e, posteriormente, professor universitário, jamais incluíram o recebimento de láurea de tal magnitude. Até porque, mais do que ninguém tinha e tenho consciência de minhas limitações.

Muitas vezes, passam elas despercebidas por força da lição que aprendi de meu saudoso pai: todos nós fomos programados na vida para não desistir. Temos que batalhar sempre.

 

(...) Ele era um sábio e um educador. Como autodidata, transformou-se no primeiro escritor brasileiro a entrar no Guiness Book por ter começado sua carreira literária aos 84 anos.

 

(...) Penso como o mundo seria melhor se todos os pais compreendessem que sua principal missão é a de serem educadores de seus filhos.

Não poderia deixar de encerrar e, como faço todos os dias, agradecer a Deus e à Virgem pelos anos de vida que foram sempre um caminho seguro (...) para mim e aos meus chegar um dia, apesar de nossas falhas e limitações, aos umbrais da eternidade e nos veremos face a face. Obrigado.

 

Fonte: O Estado de S. Paulo

publicado por momentoskatia às 17:22
sinto-me:

 

Padronizar o amor e a educação dos filhos pode não funcionar

           
É comum os pais quererem agradar os filhos e, principalmente, dar atenção, carinho, estudos à todos para que nenhum deles sinta que recebe menos que os outros irmãos. Desta forma, padronizam o amor, a educação, os presentes. O que fazem para um, também fazem para o outro.
            Fazer tudo igual para todos os filhos pode não funcionar na conduta familiar, isto porque cada um necessita de uma coisa diferente. Enquanto um tem vários amigos e está sempre saindo e, neste caso, o papel dos pais é o de colocar limite, o outro pode ser mais quieto, com poucos amigos, sendo importante o incentivo, favorecendo as trocas.
            Os pais não precisam se sentir culpados por dar atenção diferenciada para seus filhos, o importante é entender as necessidades de cada um, seus anseios, suas aflições e dificuldades e, assim, dar a atenção e os cuidados devido.
            O fato de dar tudo igual aos filhos pode gerar muito mais cobranças aos pais. Isto porque, esta atitude gera comparações, e quando dão uma coisa diferente para o outro serão cobrados pela atitude.
            Quando a padronização dá espaço à “medida certa”, tanto os pais como os filhos poderão se sentir mais atendidos e satisfeitos, ao invés de ficar fiscalizando o outro. Vale lembrar que todo filho é único e tem necessidades e comportamento diferentes.
Graziela Zlotnik Chehaibar
Psicóloga, terapeuta individual, casal e familiar. Doutoranda da Universidade de São Paulo – USP
publicado por momentoskatia às 16:59
sinto-me:

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