O mundo é grande e cabe
nessa janela sobre o mar
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
(Carlos Drmmond de Andrade)
O mundo é grande e cabe
nessa janela sobre o mar
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
(Carlos Drmmond de Andrade)
Santo Eliazar quero me casar
Santa Zita que ela seja bonita
São Crispin que ela goste de mim
São Raphael que ela seja fiel
São Barnabé que ela não pegue no meu pé
São Gaspar que ela saiba cozinhar
Santa Vanessa que ela não tenha dor de cabeça
São Benjamin que ela não bata em mim
Santa Justina que ela não caia na rotina
São Longuinho que ela me dê muito carinho
Santa Mônica que ela seja econômica
Santa Brígida que ela não seja frigida
São Pantaleão que ela nao arrume um Ricardão
Santa Rebeca que ela lave a minha cueca
Amém
Agora é só rezar muito!
» Você conhece mais apelidos da cachaça?
"O gesto de jogar um pouco da bebida no chão, antes de beber, nasceu num ritual chamado Libação, criado por gregos e romanos, e consistia em uma oferenda aos deuses para que eles provessem os lares de felicidade, harmonia e fartura", explica o jornalista Edson Borges, autor de uma vasta pesquisa sobre a relação entre a cachaça e as religiões.
Borges conta que a oferenda passou a ser praticada no Brasil graças à influência dos colonizadores portugueses. "No século XVII, eles chegaram ao Recôncavo Baiano, juntamente com os jesuítas, que acabaram por dominar o cultivo da cana-de-açúcar. Além de produzir o açúcar, inventaram a aguardente."
A bebida teve o consumo imposto aos escravos, para combater o frio nos canaviais, durante o inverno, e até como estimulante para os negros considerados pouco produtivos, ou ainda quando adoeciam.
"Com essa imposição de consumo da cachaça pelos negros, os portugueses também impuseram São Benedito, filho de um escravo, como padroeiro da aguardente, fazendo nascer daí uma relação bem mais ampla dos negros com o santo siciliano, a ponto de surgirem irmandades na Bahia", explica o jornalista e pesquisador.
Além da ligação com a religião católica, a aguardente também passou a ser usada em oferendas nas religiões de matrizes africanas, principalmente no candomblé. A finalidade era semelhante à da Libação: pedir proteção aos Orixás.
Essa identidade cultural e religiosa da aguardente gerou todo um folclore em torno da bebida. Há orações para bebedores, apelidos (como "urina de santo", "aquela que matou o guarda", "água que passarinho não bebe") e rituais, como o de fazer a cara feia, depois de beber a cachaça. "Para espantar o diabo", ensina Borges.
http://noticias.terra.com.br/educacao/vocesabia/interna/0,,OI1866826-EI8402,00.html