Publicado em 28/03/2013 10:20
Última atualização em 01/04/2013 08:12
BÁRBARA FERRAREZE
Especial para o Rudge Ramos Jornal*
O estudante de psicologia Fernando Caffarello, 19, não tem filhos, mas cuida de seu melhor amigo como se fosse um. Willy é um Poodle Toy de 15 anos e em dezembro de 2012 adoeceu pela primeira vez por conta de uma infecção urinária que exigiu de Caffarello cuidados extremos como carregá-lo até para fazer as necessidades, alimentá-lo com seringa e estar sempre por perto caso Willy viesse a ter algum comportamento anormal.
“Foi um período bastante delicado e de observação constante, é horrível ver seu bichinho em tais condições, o medo da perda é algo que machuca muito. Após os cuidados, vê-lo melhorando aos poucos é uma sensação muito compensadora. É como se ele fosse um filhotinho e estivesse reaprendendo tudo outra vez.”
Segundo a veterinária Aline Vaccati, 31, cerca de 90% dos animais que já frequentaram seu consultório e tiveram infecção urinária não resistiram. “Animais com mais idade têm tendência a problemas renais, e na maioria dos casos, eles já chegam com um quadro muito avançado, sem tempo de reverter”.
Para evitar esse tipo de doença, ela aconselha uma boa alimentação com ração adequada para cada tipo de cachorro. “O dono pode variar a alimentação do bichinho oferecendo batata cozida e água de coco. Nada de comida temperada e restos de churrasco como às vezes vemos acontecer”.
Willy faz parte dessa pequena parcela de animais idosos que conseguiram vencer a infecção. Mas um mês depois, acabou adquirindo um furúnculo na barriga que o abateu novamente. “Willy deitou ao meu lado como de costume e permaneceu na mesma posição por muito tempo. Ao mexer com ele, percebi que estava muito quente, fiquei com medo que desmaiasse, de tão mole e desanimado. Quando o peguei no colo, o furúnculo estourou e partimos correndo para o veterinário”.
Willy teve que ser operado e demorou dias para se recuperar e voltar a ser independente dos cuidados do dono. A veterinária Aline afirma que esse tipo de sintoma é comum nos animais com mais idade, assim como tumor de mama e a neoplasia. É recomendada apenas uma visita semestral ao veterinário e qualquer comportamento diferente, não hesitar em leva-lo a uma consulta.
Hoje, o melhor amigo de Fernando conseguiu sua saúde de volta e, apesar das limitações da idade, tenta levar uma vida normal pra cachorro.
Fonte: http://www.metodista.br/rronline/rrjornal/melhor-amigo-do-homem-tambem-chega-a-3a-idade