30
Mai 16

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O travesti, ela veio, com um vestido longo e falou pra mim: 'O senhor costuma tirar fotos com pecadoras?'. E eu percebi que tinha uma ironia ali. E eu respondi: mas é claro! E abracei ele e tiramos a foto. Antes de sair, ele disse: ‘eu não acredito que o senhor permitiu’. E os olhos dele estavam emocionados. Assim que ele saiu, Maria Helena, a irmã da Alcione, me contou a história. Ela disse queele mora na Lapa e criou um grupo que alimenta e recolhe todos os miseráveis daquela região. Ele dá banho, alimenta, não tem nojo de ninguém. E faz de tudo para aquela pessoa retornar à vida. E não é só isso. Ele torna-se uma espécie de vigilante, protegendo os moradores..."

"Quando ela me contou aquela história, eu comecei a unir as coisas dentro de mim. Eu não entro no mérito da questão da vida que ele leva, vamos deixar que Deus faça isso. Não sou síndico da Eternidade. Agora, que é um tapa na cara da gente, é!

"Aquele que você enxerga e que, naturalmente, provoca um desconforto por ser tão diferente de nós, não sabemos quantas coroas da dignidade foram recolocados na vida daquela pessoa quando ele alimenta o próximo. Você é cristão e nem sempre está disposto a cuidar de quem está doente, colocar dentro da sua casa e dar de comer”.

"Não cabe nenhum julgamento do lado de lá, cabe aqui. Quando Deus coloca essas pessoas diante de nós, é para desmoronar os castelos de ilusão que nós criamos dentro. Como se o nosso cristianismo tivesse pronto. Como se nós já tivéssemos chegado ao último estágio dessa santidade que Deus nos convida. Não, eu ainda me envergonho dos que são diferentes de mim. Eu ainda tenho medo de ir ao encontro daqueles que precisam de mim. E a palavra de Paulo é dura: a missão de vocês é junto daqueles que estão necessitado".

 

Fonte - facebook Frases Padre Fábio de Melo

publicado por momentoskatia às 02:28

23
Mai 16

A minha família é bem assim... 

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1. “Ô, família barulhenta…”
2. “Assim não dá pra escutar a TV”.
3. “Bom, ninguém tá vendo, vou desligar, tá?”
4. “Não desliga, não, que daqui a pouco começa o jogo!”
5. “Como a vó e o vô conseguiram criar onze filhos?”
6. “Ô, Pedro, chama o Ricardo… o Roberto… quer dizer, o Fernando… não… o Carlos!”
7. “Quinze pizzas dá pra todo mundo?”
8. “Os TRÊS banheiros tão ocupados?!?!”
9. “Vamos juntar os sete aniversariantes de março numa festa só?”

10. “Foto da família inteiraaaa!”
11. “Não vai caber todo mundo…”
12. “Vai um pouquinho mais pra trás”.
13. “Um pouquinho mais…”
14. “Agora junta um pouco…”
15. “Gente, vamos organizar…”
16. “Mas o Paulo vai tirar a foto e não vai aparecer? Ai, que chato isso…”
17. “Arlete, você tá cobrindo a cara da Fátima…”
18. “Vamos tirar de novo porque a Sônia, a Maria, o Júlio e o Chico saíram de olho fechado”.
19. “FOTO SÓ DAS PRIMAAAAAS!”
20. “AGORA SÓ DOS PRIMOOOOOS!”
21. “PRIMAS E PRIMOS AGORAAAAA…”
22. “Uma com o mais novo e o mais velho da família!”
[AD INFINITUM]

23. “Vai caber todo mundo no carro?”
24. “Ah, não, no colo eu não vou!”
25. “Bota o pentelho do Fernando no porta-malas!”
26. “Não vai caber esse tanto de mala”.
27. “Não vai ter cama pra todo mundo, quem vai dormir no chão?”
28. “Onde vai ser o Natal?”
29. “Mas vai caber todo mundo?”
30. “Não faz mais tender, não, que já tem três”.
31. “Traz umas duas panelas grandes de arroz branco porque tem gente que não come uva passa”.

32. “Não tem lugar pra todo mundo sentar”.
33. “Ô, mãe, sai daí, vem comer na mesa!”
34. “Eu não ligo de comer no sofá, não, filha”.
35. “Eu tô acabando aqui, daqui a pouco você pega o meu lugar”.
36. “Café? Café? Café? Café?”
37. “Tá, doze cafés. Mais alguém?”
38. “Não tem mais xícara, vai ter que tomar no copo, tá?”
39. “Falei que ia sobrar comida… Ó, leva dois tupperwares”.
40. “Leva o bolo também porque aqui ninguém come”.
41. “Já começa a dar tchau pra todo mundo porque daqui a meia hora a gente vai embora”.

 

Fonte:https://www.buzzfeed.com/rafaelcapanema/frases-familia-grande?utm_term=.kxgjOLBybe&bffbbrazil#.wiE97z3wRB 

publicado por momentoskatia às 12:10

22
Mai 16
Dores no joelho são um grande problema, principalmente para os atletas.
 
Quem nunca teve inflamação ou lesão nessa parte do corpo, não sabe o quanto é ruim o incomodo na hora de caminhar, pular, levantar ou fazer qualquer outro movimento com as pernas.
 
A situação, às vezes, é tão séria que muita gente acaba largando o esporte preferido por não conseguir suportar a dor.
 
Trouxemos uma receita que com certeza ajudará no tratamento.
 
Afinal, com dor não é possível ter a qualidade de vida que tanto prezamos.
 
Trata-se de uma bebida à base de aveia, abacaxi, canela e aveia.
 
Ela é muito rica em nutrientes, como vitamina C, magnésio, silício e bromelina, que são encontrados no abacaxi.
 
A bromelina tem propriedade anti-inflamatórias e, por isso, ajuda a reduzir dores musculares e articulares, especialmente as causadas por intensa atividade física.
 
Além disso, o abacaxi é rico em vitamina C,  que auxilia na prevenção de várias doenças dos ossos e tem propriedades anti-inflamatórias. 
 
E também possui manganês, que ajuda os ossos, o metabolismo de gorduras e carboidratos, assim como a absorção de cálcio e a regulagem do açúcar no sangue.
 
Esta receita, em resumo, vai fortalecer os tendões e os ligamentos dos joelhos.

 

Ingredientes:

250 ml de água
 
1 xícara de farinha de aveia
 
40 gramas de mel
 
2 xícaras com pedaços de abacaxi em cubos
 
1 copo de suco de laranja
 
Meia colher (chá) de canela em pó
 
40 gramas de amêndoas esmagadas
 
MODO DE PREPARO
 
Ferva a água e acrescente farinha de aveia durante o cozimento , sem parar de mexer.
 
Em seguida, prepare um suco de abacaxi - acrescentando, no liquidificador, mel, amêndoas, suco de laranja e canela.
 
Feito isso, misture o mingau ao suco de abacaxi e mexa.
 
Tome imediatamente.
 
Se quiser, coleque alguns cubos de gelo.
 
Fonte: http://www.curapelanatureza.com.br/post/11/2015/bebida-especial-com-abacaxi-aveia-e-canela-para-fortalecer-os-joelhos-e-todas
publicado por momentoskatia às 20:06

16
Mai 16

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 (leia com atenção)
O filho chegou ao restaurante com o Pai, já bastante idoso e com algumas limitações. Durante a refeição, o pai deixava cair da boca, pedaços de comida, na camisa e nas calças, fato que muitos outros clientes observavam com olhar de repreensão e nojo, enquanto o filho permanecia sereno.
O filho, sem demonstrar nenhuma expressão de vergonha, levou seu pai ao banheiro calmamente, e limpou-o. Quando ambos estavam de saída, todas as pessoas do restaurante os acompanharam apenas com o olhar, em silêncio, mas com o olhar característico de quem censurava que alguém expus a si e ao pai à vergonha em público.
O filho pagou a conta e começou a caminhar em direção à porta de saída do restaurante, sempre acompanhando e amparando ao pai, quando um senhor pronunciou-se:
- Acho que você deixou algo importante para trás…
O rapaz respondeu:
- Não, não senhor, eu não esqueci nada…
O homem respondeu:
- Não esqueceu nada mas deixou algo importante para trás: Deixou uma lição para cada filho e uma esperança para cada pai aqui presente.
O restaurante acompanhou o diálogo e ficou em absoluto silêncio, silêncio de quem agora se envergonha dante dos julgamentos anteriores e da superioridade do exemplo fornecido por este filho e ressaltado por este sábio senhor!
Cuidar daqueles que cuidaram de nós é maior honra e demonstração de amor e gratidão nesta vida.
Este texto clássico, brevemente reescrito por mim, é um convite à reflexão para diversas situações cotidianas, mas minha motivação pessoal dirige-o para aqueles que acreditam que cuidar daqueles que cuidaram de nós seja tarefa "aprisionante" como escutei recentemente de pessoa muito próxima.
Um pai, uma mãe, avós, cuidam de nós durante toda a vida, como poderíamos considerar pesada a tarefa de cuidar deles por alguns anos, ou pelo tempo que fosse?
A ingratidão é tão cruel quanto o ódio!
Espero que esta reflexão seja útil para que muitas pessoas possam rever suas atitudes e sejam sensibilizadas para o exercício do amor verdadeiro.
Não estou subestimando os desafios de cuidar das pessoas que amamos quando estão acometidas por quadros de saúde graves e aflitivos... Apenas gostaria de relembrar que o exercício do amor verdadeiro jamais poderá cansar o coração!
Que Deus abençoe aos que cuidam e são cuidados. Que Haja amor e gratidão para que haja honra, paz e jamais remorso.
Paz e Alegria!
Carlos Hilsdorf

publicado por momentoskatia às 22:25

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Tempos atrás, eu era vizinho de um médico, cujo "hobby" era plantar árvores no enorme quintal de sua casa. Às vezes, observava da minha janela o seu esforço para plantar árvores e mais árvores, todos os dias. O que mais chamava a atenção, entretanto, era o fato de que ele jamais regava as mudas que plantava. Passei a notar, depois de algum tempo, que suas árvores estavam demorando muito para crescer. Certo dia, resolvi então aproximar-me do médico e perguntei se ele não tinha receio de que as árvores não crescessem, pois percebia que ele nunca as regava. Foi quando, com um ar orgulhoso, ele me descreveu sua fantástica teoria.
Disse-me que, se regasse suas plantas, as raízes se acomodariam na superfície e ficariam sempre esperando pela água mais fácil, vinda de cima. Como ele não as regava, as árvores demorariam mais para crescer, mas suas raízes tenderiam a migrar para o fundo, em busca da água e das várias fontes nutrientes encontradas nas camadas mais inferiores do solo.
Essa foi a única conversa que tive com aquele meu vizinho.
Logo depois, fui morar em outro país, e nunca mais o encontrei.
Vários anos depois, ao retornar do exterior fui dar uma olhada na minha antiga residência. Ao aproximar-me, notei um bosque que não havia antes. Meu antigo vizinho havia realizado seu sonho!
O curioso é que aquele era um dia de um vento muito forte e gelado, em que as árvores da rua estavam arqueadas, como se não estivessem resistindo ao rigor do inverno.
Entretanto, ao aproximar-me do quintal do médico, notei como estavam sólidas as suas árvores, praticamente não se moviam, resistindo implacavelmente àquela ventania toda. Efeito curioso, pensei eu...As adversidades pela qual aquelas árvores tinham passado, tendo sido privadas de água, pareciam tê-las beneficiado de um modo que o conforto do tratamento mais fácil jamais conseguiria.
Todas as noites, antes de ir me deitar, dou sempre uma olhada em meus filhos. Debruço-me sobre suas camas e observo como têm crescido. Freqüentemente, oro por eles. Na maioria das vezes, peço para que suas vidas sejam fáceis:
"Meu Deus, livre meus filhos de todas as
dificuldades e agressões desse mundo"...
Tenho pensado, entretanto, que talvez
seja hora de alterar minhas orações.
Essa mudança tem a ver com o fato de que é inevitável que os ventos gelados e fortes nos atinjam e aos nossos filhos.
Sei que eles encontrarão inúmeros problemas e que, portanto, minhas orações para que as dificuldades não ocorram, têm sido ingênuas demais.
Sempre haverá uma tempestade, ocorrendo em algum lugar.
Portanto, pretendo mudar minhas orações.
Farei isso porque, quer nós queiramos ou não, a vida não é muito fácil. Ao contrário do que tenho feito, passarei a orar para que meus filhos cresçam com raízes profundas, de tal forma que possam retirar energia das melhores fontes, das mais divinas,
que se encontram nos locais mais remotos.
Oramos demais para termos facilidades, mas na verdade o que precisamos fazer é pedir para desenvolver raízes fortes e profundas, de tal modo que quando as tempestades chegarem
e os ventos gelados soprarem, resistiremos bravamente,
ao invés de sermos subjugados e varridos para longe.

autor desconhecido

publicado por momentoskatia às 20:20

02
Mai 16

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Em uma certa cidade do Brasil, havia um sacerdote que abençoava os casamentos da redondeza. Até discussão ou dúvida entre os casais, estava ali o sacerdote aconselhando para não haver separação ou dar um tempo na vida a dois.
Pela sua bela orientação, os casais saíam felizes, mas às vezes ficavam enamorados por certo tempo, até se descobrir o verdadeiro amor. Quando não havia amor verdadeiro entre o casal mal sucedido, os dois partiam para um novo amor.
Mas como a maioria encontrava a solução do seu problema conjugal, o casal agradecia de coração pela ajuda do sacerdote. E a notícia se espalhava pela cidade, até que um dia essa solução chegou para dois jovens recém-casados, que só viviam brigando.
Quando o casal jovem chegou diante do sacerdote, o marido fez a seguinte a explicação:
— Oh, sacerdote! Nós não estamos nos entendendo muito bem, quase todo dia é uma discussão.
— Agora estamos decidindo a separação! O que o senhor acha? Disse a esposa jovem.
O sacerdote foi perguntar o motivo da separação, logo de imediato começou uma grande discussão sobre ciúmes de ambas as partes. O homem sábio percebeu que aquela briga surgiu de um ciúme bobo e estava afundando o amor que existia entre eles.
O sacerdote presenteou-os com uma planta e deu o seguinte desafio para o casal:
— Façam o seguinte, tomem essa planta que ainda é muito nova, dificilmente ela se desenvolve pela sua sensibilidade. Coloquem ela no centro da casa, quando ela morrer, vocês podem se separar.
— Tudo bem! Concordou o marido.
— Tá bom! A esposa também concordou.
Assim foram os dois jovens casados para casa e colocaram a planta na sala de jantar em cima da mesa grande. Curiosamente, nenhum dos dois disse nada para o outro. Talvez já estivessem aguardando a morte da tal planta, e mentalmente já se sentiam separados.
Passaram alguns dias e a planta não morreu. Então, numa certa madrugada, os dois se depararam um com o outro, ambos com o regador em punho, prontos para regar a bendita planta. Assim, despertou o amor do casal que a partir daquele instante, se amou como nunca.

Conclusão: Aquela planta simboliza a relação do jovem casal. Nem o ciúme e nem o orgulho foram suficientes para empatar os dois de recomeçarem com os cuidados do amor, se sacrificando em levantar de madrugada para regar a planta, que florescia juntamente com as pequenas flores de amor que nasciam nos ramos da felicidade.
Por causa do orgulho de assumir que ainda se amavam, deixaram o peso das circunstâncias de suas vidas serem mais fortes que o amor.

Atualmente, vários corações ainda desejam recomeçar o casamento, sabendo que nada dará certo se o orgulho ainda persistir. O orgulho é o caminho de se ter um fim solitário.
Tenha consciência de uma coisa, a razão de muitas separações ocorrerem neste mundo moderno é o ORGULHO, que fica travando o amor de continuar se desenvolvendo na vida do casal. Quando o orgulho opera, o perdão fica muito difícil de ser executado na hora da decisão de ambos.
O orgulho não deixa a pessoa se declarar diante da outra, fica travando o coração de pedra, impedindo a declaração. Permitindo assim que o orgulho se torne maior que o amor, acaba apagando o amor que ainda existe, possibilitando assim o orgulho de tomar conta da sua vida.
E o pior, quanto mais tempo o orgulho continuar dominando essa vida, não só perderá o parceiro de amor, como afetará toda a família e parentescos, até chegar a abandonar as amizades que circulam com aquela pessoa que um dia foi o príncipe ou a princesa de sua vida, mas que agora é um verdadeiro inimigo do amor.
Eu peço que você reflita bem antes de tomar qualquer atitude. Pois uma decisão negativa resultará em um final de vida cheio de mágoas, ódio e discórdias. Um dia você vai colocar na cabeça que o amor não existe.
Tome uma decisão! Deixe o amor florescer na sua vida. Se for preciso perdoar, perdoe. Se precisar pedir perdão, peça. Recomece tudo e dê uma chance para você mesmo.
Surpreenda o seu amor com uma linda declaração. AINDA HOJE!!!
Até mais, pessoal! Fiquem com Deus!

fonte - facebook - plantas variadas

publicado por momentoskatia às 02:31

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Eu viajava com meus pais. Estávamos na fila de embarque quando reparei, ao nosso lado, um pai entregando da livraria do aeroporto um livro de presente para cada filho adolescente. Os dois meninos estavam compenetrados, cada um em seu celular, brincando com algum joguinho. Os garotos nem ligaram muito para os livros, mas o pai insistiu e esperou que eles olhassem os presentes. Os meninos viram a capa, folhearam as páginas e, logo em seguida, guardaram os livros e continuaram com seus jogos.

Naquela hora, olhei para o meu pai e voltei quase 30 anos no tempo. Lembrei-me dos gibis e pacotes de figurinhas que ele me trazia. Então meus devaneios saudosistas foram interrompidos pelo choro do irmão caçula dos dois adolescentes. Não sei por que o garotinho de cerca de cinco anos chorava, mas assisti ao pai pegá-lo no colo, falar algo em seu ouvido e acalmá-lo.

Os pais são os heróis da nossa infância, sejam eles biológicos ou de coração. São eles que têm o poder de acalmar dores e fazer parar o choro. Aparecem no meio da noite para dizer que o pesadelo foi somente um sonho ruim. Sabem matemática — ou fingem que sabem — quando estamos perdidos em tarefas sem resolução.

Quem se torna pai ou mãe passa a admirar ainda mais os seus pais, pois descobre o amor incondicional que resiste como uma rocha aos tormentos da vida. Quando alguém sofre a dor de seu filho, entende o quanto os próprios pais foram corajosos e firmes para mantê-lo forte e confiante.

Porque, quando somos crianças, não sabemos que nossos heróis imbatíveis sentem medo e dúvidas, e que o escuro do quarto também os apavora de vez em quando. A criança não sabe que os pais choram e sentem dor. Não imagina que, mesmo doendo por dentro, eles aplacam as dores dos seus filhos como o super-herói do desenho animado que engole a dinamite e não se explode.

Agora adultos, enxergamos nossos pais com os mesmos olhos que eles nos protegiam, buscando confortá-los nos seus primeiros sinais do envelhecimento. Se antes eram eles que se levantavam no meio da noite e cantavam baixinho “dorme agora, é só o vento lá fora”, hoje nós os abraçamos para diminuir as suas dores da artrose, da solidão e da saudade.

Olhando aquele pai com seus filhos no aeroporto, virei para o meu e enxerguei a menina que ele pegava no colo. Suas brincadeiras de monstro que eu e meus irmãos adorávamos: ele se cobria com um lençol branco e saía correndo atrás da gente. Minha mãe ficava assistindo do sofá, às gargalhadas.

Algumas vezes, nossas vidas mudam e nos tornamos inseguros. Somos testados o tempo todo e por todo mundo. E, como somos adultos, temos que resolver nossos problemas. Mas quando o quarto esfria no meio da noite, sempre penso naquele beijo que a mamãe me dava para proteger o meu sono, e tenho certeza que a estrada que me leva à casa dos meus pais continua no mesmo lugar.

Eu estava prestes a embarcar quando entendi por que o menino chorava: seu pai embarcaria sozinho. Os meninos adolescentes abandonaram seus celulares por uns instantes e abraçaram carinhosamente o pai que partia. O filho mais novo passara para o colo de uma mulher, provavelmente a mãe, e dizia adeus com sua mãozinha que esparramava pelo ar o sentimento da despedida.

Nunca estamos preparados para perder nossos pais, não importa a nossa idade. Nelson Gonçalves cantou “naquela mesa tá faltando ele, e a saudade dele tá doendo em mim” para aliviar a dor de um filho ao olhar para a cadeira vazia onde seu pai se sentava e contava suas histórias. É que a ausência de um pai ou uma mãe permanece dentro da gente, como uma mesa no canto ou um jardim sem flores, como um abraço de adeus no aeroporto.

 

fonte - http://www.revistabula.com/5910-nunca-estamos-preparados-para-perder-nossos-pais/

publicado por momentoskatia às 02:28

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Um dia, quando eu ainda morava na casa dos meus pais, minha mãe me chamou angustiada porque a Luna, nossa Cocker caramelo, estava encolhida debaixo do armário da despensa. Havia muito sangue espalhado pelo chão. Fraca e desidratada por causa de um sangramento intestinal intenso, ela foi internada no Hospital Veterinário da cidade.

O livro “Marley e Eu” resume o sentimento que temos por nossos cachorros: “Nossos animais de estimação têm a vida tão curta, ainda assim, passam a maior parte do tempo esperando que voltemos para casa todos os dias. É impressionante quanto amor e alegria eles trazem para nossas vidas, e quanto nos aproximamos uns dos outros por causa deles”.

Por incrível que pareça, os animais nos humanizam. Nós, seres humanos, vivemos em conflito desde a nossa existência. Mas alguns animais nos inspiram a olhar a vida com mais simplicidade, curiosidade e disposição.

Repare. Estamos sempre apressados. Egoístas ou distraídos, mal observamos o mundo ao redor. A vida moderna e informatizada, com tantos compromissos e trabalho nas cidades grandes, muitas vezes nos obriga a passar o dia todo fora de casa. E só quem tem um animal de estimação sabe da alegria que sentimos quando somos recebidos a latidas, lambidas e rabos agitados.

Com o diagnóstico de infecção intestinal, nossa cachorra precisou de tratamento com soro e antibiótico endovenosos. Fui visitá-la todos os dias no hospital. Numa visita, estávamos em uma sala cheia de gaiolas ocupadas por cachorros de todo tamanho e raça. Comecei a observar os cães adoecidos e seus donos. Na gaiola ao lado da Luna, havia um cachorro de porte médio em insuficiência renal terminal. Seu olhar apático não correspondia aos olhos tristes de seus donos, um casal ajoelhado à sua frente, fazendo-lhe carinho em silêncio.

Tinha um cachorro enorme que sofrera a amputação do pênis devido a um tumor maligno, e seu olhar parecia de um filhote abandonado. Um idoso soltara seu vira-lata para lhe dar comida. O animal estava tão cansado que só queria repousar a cabeça no joelho do homem, que estava sentado no chão, de pernas cruzadas, bem no meio da enfermaria canina. Aproximei-me deles e perguntei o que havia acontecido. O cão tinha um câncer e não resistiria a uma cirurgia devido sua idade avançada.

Do outro lado, reparei no menor chihuahua que já havia visto até então. Duas moças conversavam carinhosamente com o pequeno cão, dando-lhe biscoitinhos pelo espaço entre as barras de ferro da gaiola, deixando-o agitado e feliz.

Por mais que seja difícil o momento, a vida ainda pode ser alegre com um rabinho agitado ao seu lado. A cachorra Baleia, do romance “Vidas Secas”, de Graciliano Ramos, foi retratada pelo autor com uma humanidade que parecia maior que a dos próprios seres humanos. Talvez, a cadela tenha sido a inspiração da esperança para aqueles nordestinos sofridos. Apesar da dor, da fome e da seca, Baleia não cedia à morte. Ela não abandonava Fabiano, sinhá Vitória e os meninos; nem mesmo quando foi sacrificada por estar doente ela deixou de pensar neles. Morreu sonhando com seus donos, num outro mundo perfeito, farto de comida e com as crianças brincando felizes.

O coração de um cão é puro. Você está triste, chorando talvez, e seu cachorro se aproxima sem fazer barulho. Apenas encosta sua cabeça em seu colo, ou passa o focinho molhado na sua perna, só para te lembrar que você não está sozinho. Sua lealdade é incondicional. Ele te ama até o último dia da vida dele.

*Título tomado de empréstimo de Marley e Eu, de John Grogan.

fonte - http://www.revistabula.com/5949-de-seu-coracao-a-um-cao-e-ele-lhe-dara-o-dele/

 

---Minha cachorrinha Lála faleceu no último dia 20 de abril e adorei essa parte do texto...

Morreu sonhando com seus donos, num outro mundo perfeito, farto de comida e com as crianças brincando felizes.

O coração de um cão é puro. Você está triste, chorando talvez, e seu cachorro se aproxima sem fazer barulho. Apenas encosta sua cabeça em seu colo, ou passa o focinho molhado na sua perna, só para te lembrar que você não está sozinho. Sua lealdade é incondicional. Ele te ama até o último dia da vida dele.

Sinto que ela continua nos amando de onde estiver... porque nós continuamos a amando do lado de cá...

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publicado por momentoskatia às 02:12

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Sinto uma ternura especial pelos idosos. Principalmente os mais velhinhos, que carregam em suas almas uma vida inteira de histórias, lutas e saudades. A velhice tem um encanto que muitas vezes é ignorado por aqueles que não querem — ou não sabem — enxergar. Segundo Rubem Alves, a velhice é como o pôr do sol: “a beleza do crepúsculo é tranquila, silenciosa — talvez solitária. No crepúsculo, tomamos consciência do tempo”.

Certa vez, na correria normal do dia a dia, encontrei um senhor com mais de 80 anos que carregava um livro que me prendeu a atenção. Ele estava lendo “Uma Breve História Do Tempo”, de Stephen Hawking. Quando eu quis saber o que ele estava achando do livro, sorriu para mim.

Ao me lançar um olhar de entusiasmo e curiosidade, expliquei que tinha comprado o livro havia alguns meses, mas que tinha parado de ler logo nos primeiros capítulos, pois achara a leitura difícil; e, também, por falta de tempo.

Então ele me disse que se alguém lhe perguntasse qual o presente mais precioso que ele gostaria de ganhar na vida, esse presente seria “tempo”. Animado, falou que era uma leitura complexa, mas interessante, e, como tinha formação em Física, algumas teorias conseguia compreender.

Entretanto, o nobre senhor estava curioso sobre como entender se existe mesmo a hipotética quinta dimensão. E, também, explanou mais algumas coisas sobre o Universo, os buracos de minhoca e a viagem no tempo.

Mesmo sem entender metade das coisas que ele falava alegremente, naquele instante, o meu cérebro sofreu uma espécie de “Big Bang” de ideias: o início da expansão de novos e velhos pensamentos. Atormentada por teorias que pouco entendia, entendi que é preciso viver cada momento com mais intensidade e entusiasmo.

Quantas vezes você deixou de fazer algo por falta de tempo? Como os exercícios físicos que o seu médico tanto lhe recomenda? Como aquela ligação a um amigo de quem você está com saudade? Como a viagem em família tantas vezes prometida?

Deixar de fazer algo que você gosta — ou precisa — por falta de tempo é a mesma coisa que se esconder em buracos negros dentro de si mesmo: você deixa de existir. Torna-se mecânico nos sentimentos. Porém, uma hora, tardiamente, perceberá que não há mais como voltar atrás.

Quem enxerga o tempo como um benefício, aprende a valorizar o que realmente importa: é preciso escolher. É preciso viver!

Aquele senhor sabe que a morte lhe está chegando; suas saudades anoitecem o tempo que lhe resta. Ele tornou-se sábio ao degustar cada momento com uma alegria única, mesmo sentindo com sincera tristeza o crepúsculo que anuncia a chegada da sua noite alta.

Todos nós iremos envelhecer. Mas a vida é muito mais que uma coleção de tique-taque. Ela é um ciclo de tempo: de começo, meio e fim. Até que esse ciclo se encerre, não tenha medo de dizer o que for preciso; não deixe de amar por receio de sofrer; e não fique parado por não saber aonde ir — assim me aconselhou o senhor octogenário.

 

fonte - http://www.revistabula.com/6220-aproveite-cada-minuto-porque-o-tempo-nao-volta-o-que-volta-e-a-vontade-de-voltar-no-tempo/

publicado por momentoskatia às 01:57

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Engole o choro. Engole sapo. Não diga, não quero saber. Cala a boca, cala o peito, cale-se! Mas o corpo fala, e como fala. Fala a ponta dos dedos batendo na mesa, fala o dente acirrado, rangendo estridente. Falam os pés inquietos na cama. Falam os olhos caindo tristonhos. Fala dor de cabeça, dor na alma. Fala gastrite, psoríase, fala ansiedade, fala memória perdida. Fala o corpo curvado, fala o nó na garganta atravessado. Fala angústia, fala ruga. Fala insônia, fala sono demasiado. Falador.

É impossível entrar no tatame da vida sem levar uns tapas dela. Mágoa, tristeza, dor, raiva, são sentimentos que nos atravessam sem pedir licença. A verdade é que enquanto estamos sentados na pedra fitando o abismo em dor, mastigamos as emoções, mas nem sempre as digerimos bem. Emoções engolidas e não digeridas corroem feito ácido. É bicho morando no estômago, mordente, cáustico. É soda! Emoções indigestas são como bruxas trancafiadas no corpo. Medonhas, a carregar sensações malditas e mal ditas. Ninguém quer saber de falar de sentimentos mal cheirosos. Então a gente engole, e esse mal entendido vira coisa que entra no estômago, percorre a garganta, o peito, e se deixarmos, calará nossa boca e nossa paz por uma vida inteira.

E aí, cedo ou tarde, todas as dores do mundo hão de querer vomitar, regurgitar o mal resolvido, e nos contorcer novamente as entranhas. É preciso um pouco de coragem para se fazer falar. Emoção amordaçada nos faz refém dela. Dor tapada, cala necessidade. Mágoa não entendida, enfarta a fé nas pessoas. Raiva carregada, pesada, transita ardente pelas costas. Não dá pra engolir tudo e dizer amém! Eu sei. Também não dá pra cometer sincericídios por aí. Mas dá para expressar. O que se sente cabe tradução.

Freud disse certa vez: “a ciência moderna ainda não produziu um medicamento tranquilizador tão eficaz como são umas poucas palavras boas”. É isso, tem hora que o sentimento pede pra ser dito, entendido, descodificado, traduzido. Tudo que ele quer é ser exorcizado pela palavra ou pela via que lhe cabe melhor. Expressar tranquiliza-a-dor. Dor não é pra sentir pra sempre. Dor é vírgula.

Então diz! Diz logo o que quer dizer sua bruxa. Coloca a dor no caldeirão e faz sopa de letrinhas. Faz uma carta, um poema, um livro. Faz uma orquestra tocar. Pega as sapatilhas, sapateia. Faz uma aquarela. Faz uma vida. Faz lá, sol, manda a dó se catar. Faz piada, faz texto, faz quadro, faz encontro com amigo. Faz corrida no parque. Fala pro seu analista, discute com Deus, se pinta de artista. Conversa sozinho, papeia com seu gato, berra aos céus, mas não se cala. Fala, vai. Pois “se você engolir tudo que sente, no final você se afoga”. É que emoções indigestas e encarceradas mergulham no coração mais tarde para explodi-lo.

E aí, me diz, quem será capaz de nos juntar? Jamais a mágoa e toda a lama que ela carrega será melhor do que a nossa paz.

 

fonte - http://www.revistabula.com/6154-se-voce-engolir-tudo-que-sente-no-final-voce-se-afoga/

publicado por momentoskatia às 01:52

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