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Ago 20

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Três leis enunciadas em 1957 explicam as causas da nossa má gestão da agenda. Pare de se fazer essa pergunta e comece a planejar melhor.

Não importa que planos façamos para nos organizarmos melhor. No final do dia sentimos que nos falta tempo para tudo. Inclusive no início do confinamento, muitos de nós acreditávamos ter uma generosa provisão de horas, mas o dia continuava se esvaindo. A que se deve essa escassez endêmica de horas que acaba custando a vida?

Para aqueles que exercem sua profissão em casa, seja porque o faziam antes ou porque aderiram ao home office, essa pobreza é explicada na primeira lei de Parkinson. Foi enunciada em 1957 por Cyril Northcote Parkinson, um historiador naval britânico que ironizava a burocracia. E diz: “O trabalho se expande até preencher o tempo disponível para sua realização”.

A segunda lei de Parkinson, “As despesas aumentam até cobrir todas as receitas”, também tem a ver com nossa escassez de tempo. Uma vez que o dinheiro é obtido em troca de horas de trabalho, viver no limite das nossas possibilidades muitas vezes implica viver no limite da nossa agenda.

A terceira lei diz: “O tempo dedicado a qualquer item da agenda é inversamente proporcional à sua importância”. Pode chocar no início, mas tem uma explicação. Como afirma a economista Cristina Benito em seu livro Time mindfulness, “a falta de tempo é na verdade uma falta de prioridades que tem origem na comodidade, fazendo em primeiro lugar o que é mais fácil para nós”.

Benito destaca que as três leis não se aplicam apenas ao trabalho, mas se estendem à gestão do tempo livre, onde tendemos a preencher todas as horas disponíveis. Em sua origem estaria o chamado horror vacui, expressão latina que pode ser traduzida como “horror ao vazio”. E assim como em determinados períodos da arte, por exemplo, o barroco, em que o artista tendia a preencher todo o espaço disponível, fazemos o mesmo hoje com nossa agenda. Quanto aos motivos que nos levam a preencher todos os vazios temporais, Cristina Benito aponta três:

Uma fixação equivocada pela produtividade. Ocupamo-nos o tempo todo, partindo do princípio de que só o “cheio” agrega valor, como os artistas barrocos. No entanto, o vazio é necessário para que novas ideias surjam. A principal ferramenta de Warren Buffett é uma caderneta em branco que mostra nas entrevistas. Em suas próprias palavras: “Você tem que controlar seu tempo. Diante das demandas de reuniões e coisas assim, sentar e pensar pode ser uma alta prioridade”.

A obrigação autoimposta de agradar aos outros. Preenchemos os vazios de nossa agenda com pedidos alheios: comparecer a uma reunião, a uma festa, a um determinado compromisso. Muitas vezes não temos vontade e preferiríamos ficar em casa lendo um bom livro ou fazer um passeio. Obedecemos por medo de perder a consideração dos outros e pagamos por esse medo com tempo: a única moeda que não podemos restituir.

O medo de se encontrar consigo mesmo. Trabalhar e cumprir compromissos preenche toda a agenda e o nosso espaço mental, o que nos impede de pensar. Isso nos livra de nos fazermos perguntas incômodas que podem se resumir a uma: é esta a vida que quero levar? Sobrecarregarmo-nos com ocupações e ruído mental —por exemplo, nas redes sociais— nos permite esquivar esse desafio. Porém, como advertia Pablo Neruda: “Algum dia, em qualquer lugar, em qualquer lugar inevitavelmente você se encontrará consigo mesmo e essa, só essa, pode ser a mais feliz ou a mais amarga de suas horas”.

Estarmos ocupados é o remédio perfeito para não pensar, instalados no mantra “não tenho tempo”. O outro é viver a toda velocidade. Quando cavalgamos na urgência, o mundo se torna algo borrado, como o que vemos pela janela de um trem ao passar por uma cidade. No meio dessa corrida, além disso, desintegramos o tempo tentando responder instantaneamente a cada estímulo do nosso smartphone. Para sair dessa armadilha, a escritora Diane Dreher recomenda aplicar o ma-ai, termo japonês das artes marciais que se traduz como “intervalo” e que ela considera o espaço de reação onde reside a liberdade: “Não responda imediatamente a todas as ofertas ou convites. Tome seu ma-ai, tome seu tempo para pensar”.

O galpão de bicicletas

A terceira regra de Parkinson, também chamada de lei da trivialidade, toma como exemplo o que aconteceu com o galpão de bicicletas de uma usina nuclear. A mesma comissão que aprovou a construção da usina sem muita discussão, já que um grupo de especialistas se ocupou disso, teve que decidir a cor do galpão onde seriam guardadas as bicicletas dos funcionários. Toda a equipe se envolveu em um debate a respeito dessa questão trivial, mas sobre a qual todo mundo ousou opinar. Foram investidos mais tempo e energia do que na construção do central. A lei da trivialidade —também conhecida como bikeshedding— mostra como as organizações concedem um tempo desproporcional a assuntos sem importância.

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2020/08/17/eps/1597678357_478707.html#?sma=newsletter_brasil_diaria20200831

publicado por momentoskatia às 20:44

18
Ago 20

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em nome de deus, fazem o diabo.

racistas usam deus como justificativa para queimar templos de religiões africanas.

malandros usam o mesmo deus para extorquir dinheiro de gente pobre com promessas fajutas que nunca se cumprem.

empresários espertos abrem franquias de seus negócios “divinos”, mundo afora, cuja único interesse é fazer dinheiro.

no ridjanêro tem um trafica que comanda um complexo de favelas dando tiros, matando pessoas e orando.

usa-se o nome de deus para o bem e para o mal.  e esse é o problema de se permitir que uma religião se meta em assuntos de um estado laico.

deus serve tanto para salvar almas quanto para mandá-las à fogueira. é o que temos visto desde os mais remotos tempos.

ontem, vimos, mais uma vez, esse deus do ódio aparecer em corpo e alma na figura de sara fernanda geromini, uma fanática estúpida que, mesmo com uma tornozeleira eletrônica, não cansa de criminar.

sara gero.mini causou revolta e perplexidade nas redes sociais nesse domingo (16), mostrando o quão infame, desumana e irresponsável ela pode ser.

um grupo de bolsonaristas correu para o hospital. de mãos dadas, fizeram oração e, em seguida, passaram a xingar médico responsável pelo procedimento abortivo de assassino.

chamaram de assassina também a pobre criança. uma descerebrada chegou a duvidar do estupro, dizendo que a menina deixou-se violentar por quatro anos e só denunciou o abuso agora porque engravidou, comparando as crianças violentadas como “cachorras no cio”. disse ainda que “vivemos em um mundo cruel, onde as pessoas perderam completamente o temor a deus”.

temer a deus… é isso, fanáticos usam deus como uma ameaça e como um chicote.

mas tem mais, quem deu à sara o nome do hospital para onde a menina seria levada também criminou; o eca é claro ao determinar que comete crime quem “submeter criança ou adolescente sob sua autoridade, guarda ou vigilância a vexame ou a constrangimento”.

a pena prevista é detenção de seis meses a dois anos.

além disso, o eca garante que a identidade de crianças e adolescentes que cometem crimes ou ato infracional deva ser mantida em sigilo.

fanáticos religiosos também foram até a casa da avó da criança, constrangendo-a e tentando demovê-la do propósito abortivo, para tanto usaram o nome de deus e de damares; veja você.

que deus protege a vida e coisa e tal. o diabo é que esse é o mesmíssimo deus que mandou matar todos os primogênitos no egito e mandou o próprio filho ao sacrifício numa cruz de madeira. enfim…

falou-se tudo sobre a criança, o médico e a avó, mas nada disseram sobre o tio monstrificado. e isso diz muito sobre essa turma.

internautas pedem para que a conta da bolsonarista seja denunciada, muitos contestam como ela ainda não foi banida da plataforma.

o fato é que, depois que um hospital no espírito santo se recusou a fazer o procedimento autorizado judicialmente, a menina foi levada à pernambuco onde foi realizada a interrupção da gravidez indesejada.

a garota passa bem fisicamente falando.

o humorista whindersson nunes divulgou que bancará a ajuda psicológica para a menina e o youtuber felipe neto prometeu pagar os estudos da garotinha até ela terminar a faculdade.

nenhum dos dois usaram o nome de deus, embora, creio eu, sejam deístas.

mas não são do grupo de fanáticos que fazem de deus uma arma vomitadora de ódio.

há quem pregue o deus do amor, e esses devem ser louvados; mas há também quem pregue deus numa cruz.

esse é o perigo!

uma pergunta importante feita por zélia duncan: alguém sabe o nome do monstro estuprador?

Fonte: https://revistaforum.com.br/blogs/falaqueeudiscuto/a-religiao-e-o-odio-do-povo/

publicado por momentoskatia às 21:05

12
Ago 20

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O Natal, para os cristãos, é o nascimento de Jesus, o Cristo. E o que esta data tem a ver com o Joulupukki, nome dado ao Papai Noel, na Finlândia; Julenissen, na Noruega; e com São Nicolau, o amigo das crianças e santo protetor dos marinheiros, mercadores e endividados?

Durante a pesquisa para o livro Anjo Russo, a escritora Zia Stuhaug, que vive há dez anos na Noruega, visitou Rovaniemi, na Finlândia, onde fica "o escritório oficial" do bom velhinho. Veja o que ela descobriu sobre a lenda do personagem natalino:

São Nicolau x Papai Noel
Há uma grande semelhança na aparência, motivo pelo qual faz confundir estas duas figuras distintas, mas tratadas como sendo um único personagem, sempre relacionadas à época do Natal.

São Nicolau foi canonizado pela Igreja Católica, por terem sido atribuídos a ele muitos milagres. Viveu na  cidade portuária de Myra, uma antiga cidade grega de Lykia — hoje, a localidade de Demre, na Turquia —, no século IV, após ouvir os conselhos de um tio para que viajasse à Terra Santa, depois da morte de seus pais. Dizem que, no percurso da viagem, deu-se uma terrível tempestade e, quando São Nicolau rezou, a calmaria se estabeleceu. Sendo assim, ele se tornou padroeiro dos marinheiros e mercadores. Na Grécia antiga, ele era o amigo do mar, e as  pessoas acreditavam que, se invocassem o seu nome, ele  poderia salvá-las de se afogar, numa substituição a Poseidon, o deus pagão do mar, motivo pelo qual muitas cidades costeiras levam o seu nome.

Dizem que ele era filho de pais nobres e ricos e doou sua grande herança aos pobres. Mas há quem diga que este fato pertence a outro santo, o São Basílio de Cesareia, também chamado de São Basílio Magno ou Basílio, o Grande.

O fato é que São Nicolau nunca foi apegado a bens materiais e sentia alegria em ajudar os necessitados. De uma personalidade dócil e com tendência a auxiliar crianças e pessoas carentes, foi tomado de zelo pela educação e moral, tanto dos pequenos quanto de suas mães, o que levou os estudantes europeus a reverenciá-lo. Há na cidade de  Guimarães, em Portugal, uma festa estudantil chamada Festas Nicolinas, que se realiza próximo da data da morte do Santo, dia 6 de dezembro, e em sua homenagem.

São Nicolau foi o exemplo de solidariedade ao próxim: certa vez, livrou três moças de serem enviadas à prostituição pelo pai, um comerciante com a finança arruinada, que num momento de desespero, por causa da extrema pobreza em que se encontrava, não tinha recursos para sustentá-las, nem o dinheiro do dote para que elas pudessem se casar. São Nicolau  jogou três sacos de moedas de ouro pela chaminé da casa da família, e o saco caiu em cima das meias das moças, que tinham sido colocadas na lareira para secar.

São Nicolau foi amado e reverenciado por toda a Europa, depois que seus restos mortais foram transferidos para a cidade de Bari, na Itália, em 1807, e receber muitos relatos de milagres por seus devotos, ele foi canonizado pela Igreja Católica. Desde então, comemora-se no dia 6 de dezembro o Dia de São Nicolau. Sua imagem e história de vida  o popularizaram como um senhor de feições muito serenas, trajado de bispo, com batina branca e estola vermelha e com mintra — ornamento episcopal para a cabeça —, e as mãos firmes segurando um báculo —  tipo de cajado igual ao dos pastores de ovelha.

Pela sua bondade e afeição com as crianças e pelo relato do saco de moedas de ouro jogado na chaminé da família das três moças, logo os relatos se popularizaram, associando-o ao bom velhinho com um saco de presentes nas costas. A imaginação popular não parou por ali. Logo trouxeram alguns personagens do folclore europeu para lhe servir de ajudante. Afinal, o saco com presentes era enorme e as crianças, muitas. E não eram todas elas que podiam ganhar presentes e, sim, as que se comportassem bem durante o ano. Assim, logo foi difundida a imagem, em desenhos, do ajudante de São Nicolau.

Na  Holanda tornou-se popular São Nicolau (Sinterklaas) ter um ajudante chamado Pedro Preto (Zwarte-Piet), que, segundo a lenda, tem essa cor devido às cinzas das chaminés por onde ele tem que passar para deixar os presentes. Houve, recentemente, protestos na Holanda para que este personagem, avaliado como de fundo racista, fosse eliminado dos festejos natalinos, por criar desconforto na minoria daquele país. Isto porque o ajudante tem características que se mostram bem opostas à bondade de São Nicolau, sendo a ele atribuída a escolha das crianças merecedoras dos presentes e doces natalinos, e, com isso, associado ao Bicho-Papão ou Homem do Saco, cujas imagens de severidade impuseram  medo à criançada.

A origem do Papai Noel
Em 1700, os emigrantes holandeses levaram Sinterklaas à América, onde abriram sua primeira igreja a São Nicolau em Nova Amsterdã e, mais tarde, em Nova Iorque. Foi chamado de Santa Claus.

O teólogo Clement C. Moore escreveu um poema para suas filhas, com o título: "Uma visita de São Nicolau", em 1823. Uma senhora chamada Harriet Butler tomou conhecimento do poema através das filhas de Moore e o levou ao editor do Jornal Troy Sentinel, em Nova York, que o publicou no Natal desse mesmo ano, sem fazer referência ao seu autor — só em 1844 é que Clement C. Moore reclamou a sua autoria.

No poema, ele descrevia um pai de família que, na véspera de Natal, estava tranquilo em sua casa, onde nem mesmo um camundongo se movia. Ele ouviu um barulho no quintal e olhou pela persiana. A noite estava clara por causa da luz da lua e o chão, forrado de neve. Ele ficou surpreso ao se deparar com um trenó em miniatura, cheio de presentes, puxado por oito renas pequenininhas, e conduzido por um velhinho tão esperto e ágil, que andou pelo telhado e desceu pela chaminé para deixar os presentes de Natal. Após encher as meias que estavam penduradas na lareira, saiu da mesma maneira como entrou, ficando com o casaco vermelho cheio de fuligem das cinzas. Ele soube naquele momento que era a visita de São Nicolau.

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O poema descrevia um São Nicolau de cabelos e barba tão branca quanto a neve. As bochechas rosa e o nariz como uma cereja, rosto largo e uma barriga redonda e saliente que, quando ele sorria, se mexia como uma tigela cheia de gelatina.

O Papai Noel de botas, de rosto corado e com característica polar, sentado em uma cadeira no seu escritório, no Polo Norte, lendo uma lista de presentes pedidos pelas crianças do mundo todo tornou-se muito popular. Aproveitando-se dessa fama e interesse no personagem natalino, a Coca-Cola alimentou ainda mais o imaginário popular ao lançar, em 1931, uma propaganda com a nova versão de São Nicolau oferecendo a bebida a uma garotinha. Na imagem ele  usava casaco mais curto, um gorro vermelho no lugar da mintra, e tinha a barriga saliente descrita pelo poema de Moore. Nascia a lenda atualizada da imagem do Papai Noel que hoje vemos por todo lugar, em épocas natalinas.

A popularidade da nova versão de São Nicolau, na figura de Papai Noel, fez tanto sucesso que a cidade Finlandesa de Rovaniemi, que fica na divisa com o Polo Norte,  investiu para construir o correio oficial do Papai Noel: Santa Claus' Main Post Office, em concorrência com Drøbak, na Noruega. Lá é possível sentar-se junto à lareira e escrever cartas ao Joulupukki, enquanto duendes e elfos  andam de lá para cá, ajudando o bom velhinho a selar e despachar todas as cartas-respostas. O correio fica dentro do complexo da Santa Claus' Village, no Círculo Polar Ártico, e foi todo construído para se ter um Natal de sonhos. Luzes coloridas, neve por toda parte, renas, cachorros huskies, e, se tiver muita sorte, aurora boreal. O lugar é muitíssimo concorrido e, para se conseguir hospedagem, é preciso reservá-la com bastante antecedência.

Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2017/12/sao-nicolau-o-que-voce-precisa-saber-sobre-lenda-do-papai-noel.html

publicado por momentoskatia às 22:35

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