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Ago 21

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“Seja humilde porque você foi feito de terra. Seja nobre pois foi feito de estrelas”.
– Antigo provérbio sérvio –

publicado por momentoskatia às 19:56

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Quando eu era pequena, não entendia o choro solto da minha mãe ao assistir a um filme, ouvir uma música ou ler um livro. O que eu não sabia é que minha mãe não chorava pelas coisas visíveis. Ela chorava pela eternidade que vivia dentro dela e que eu, na minha meninice, era incapaz de compreender.

   O tempo passou e hoje me emociono diante das mesmas coisas, tocada por pequenos milagres do cotidiano.

   É que a memória é contrária ao tempo. Enquanto o tempo leva a vida embora como vento, a memória traz de volta o que realmente importa, eternizando momentos. Crianças têm o tempo a seu favor e a memória ainda é muito recente. Para elas, um filme é só um filme; uma melodia, é só uma melodia. Elas ignoram o quanto a infância é impregnada de eternidade.

   Diante do tempo, envelhecemos, nossos filhos crescem, muita gente parte. Porém, para a memória, ainda somos jovens, atletas, amantes insaciáveis. Nossos filhos são crianças, nossos amigos estão perto, nossos pais ainda vivem.

   Quanto mais vivemos, mais eternidades criamos dentro da gente. Quando nos damos conta, nossos baús secretos – porque a memória é dada a segredos – estão recheados daquilo que amamos, do que deixou saudade, do que doeu além da conta, do que permaneceu além do tempo.

   A capacidade de se emocionar vem daí, quando nossos compartimentos são escancarados de alguma maneira. Um dia você liga o rádio do carro e toca uma música qualquer, ninguém nota, mas aquela música já fez parte de você – foi o fundo musical de um amor, ou a trilha sonora de uma fossa – e mesmo que tenham se passado anos, sua memória afetiva não obedece a calendários, não caminha com as estações; alguma parte de você volta no tempo e lembra aquela pessoa, aquele momento, aquela época…

   Amigos verdadeiros têm a capacidade de se eternizar dentro da gente. É comum ver amigos da juventude se reencontrando depois de anos – já adultos ou até idosos – e voltando a se comportar como adolescentes bobos e imaturos. Encontros de turma são especiais por isso, resgatam as pessoas que fomos, garotos cheios de alegria, engraçadinhos, capazes de atitudes infantis e debilóides, como éramos há 20 ,30 ou 40 anos. Descobrimos que o tempo não passa para a memória. Ela eterniza amigos, brincadeiras, apelidos… mesmo que por fora restem cabelos brancos, artroses e rugas.

   A memória não permite que sejamos adultos perto de nossos pais. Nem eles percebem que crescemos. Seremos sempre “as crianças”, não importa se já temos 30, 40 ou 50 anos. Pra eles, a lembrança da casa cheia, das brigas entre irmãos, das estórias contadas ao cair da noite… ainda são muito recentes, pois a memória amou, e aquilo se eternizou.

   Por isso é tão difícil despedir-se de um amor ou alguém especial que por algum motivo deixou de fazer parte de nossas vidas. Dizem que o tempo cura tudo, mas não é simples assim. Ele acalma os sentidos, apara as arestas, coloca um band-aid na dor. Mas aquilo que amamos tem vocação para emergir das profundezas, romper os cadeados e assombrar de vez em quando. Somos a soma de nossos afetos, e aquilo que amamos pode ser facilmente reativado por novos gatilhos: somos traídos pelo enredo de um filme, uma música antiga, um lugar especial.

   Do mesmo modo, somos memórias vivas na vida de nossos filhos, cônjuges, ex-amores, amigos, irmãos. E mesmo que o tempo nos leve daqui, seremos eternamente lembrados por aqueles que um dia nos amaram.

Texto lindo da poetisa Adélia Prado

publicado por momentoskatia às 13:39

05
Ago 21

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"Acho estranho quando me perguntam como eu dou conta de tudo.
A resposta é simples, sem graça... Eu não dou! Não dou mesmo!!
Seleciono prioridades, foco no que dá, varro o resto para debaixo do tapete.
No dia seguinte levanto a beiradinha do tapete, retiro umas coisas, escondo outras.
Se hoje as crianças foram dormir sem escovar os dentes, amanhã isso será prioridade.
Se hoje o jantar foi o chinês "okesoboro", amanhã um almoço fresquinho é a missão número um.
Meu tapete nunca fica vazio! Nunca!
Aliás, tem dias que entulho tanta coisa lá debaixo, que derruba o que tiver em cima. Brigo com o mundo, choro um pouquinho, me sinto a mais desequilibrada das mulheres, espero pelo dia seguinte.
Mas há manhãs em que acordo cheia de amor próprio. Dou risada deste auê todo. Ignoro o tapete já pau a pau com o Monte Everest, e vou bela e formosa (cansada e de piranha no cabelo) tomar um banho demorado.
Algumas tardes viro a revolucionária do tapete. Brota no corpo uma energia que sabe-se lá da onde veio (provavelmente do brigadeiro de colher que comi escondido 3 noites atrás). E lá vou eu disposta a colocar tudo em dia. E não é que eu quase consigo? Se não fosse pelo quase...
E é assim.
Frustrante, alegre, desesperador, feliz.
Um eterno varre, esconde, esvazia.
Não se deixe enganar, tem sempre um tapete.
Na casa de algumas ele fica mais visível, logo na sala. Já outras preferem usar o do corredor. Mas ele está lá. Tem que estar. Se não a gente enlouquece.
Por trás destas imagens, existe uma mãe comum. De carne, osso, querendo emagrecer no mínimo 3kgs, e jurando que amanhã não irá esquecer de cortar as unhas das crianças.
Com dias bons pra caramba, no estilo: "A vida é bela, poderia ter 7 filhos, viver numa casinha de sapê, e ser feliz para sempre"
E com dias de "quem sou, onde estou, quem são estas pessoas?"
O denominador comum é o amor, que quando colocado na balança quebra o ponteiro.
Vira o jogo. Não dá nem chance.
O coração é invadido por gratidão.
E com lágrimas nos olhos agradecemos por tudo.
Até mesmo pelo tapete GG!"

Fonte: facebook Coisas de mulher
Texto de Rafaela Carvalho

publicado por momentoskatia às 16:04

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Você precisa educar para que seus filhos acreditem que são capazes. Eles devem saber que podem inventar e reaprender, então:
1. Peça a opinião deles;
2. Dê a oportunidade de serem bons em algo que amem. Engenharia e medicina não são os únicos trabalhos que trazem sucesso ou tranquilidade;
3. Parabenize o esforço e não o resultado;
4. Não fique falando das suas dificuldades, observe no que são bons;
5. Não peça desculpas pelo comportamento deles;
6. Não deixe que a pressão social te obrigue a agir de uma maneira que você não quer;
7. Esqueça que deve ensinar que "atos têm consequências", ele já sabe disso desde que nasceu. Punição não melhora as pessoas. Se sentir mal não torna ninguém bom.
8. Fale das suas próprias falhas. Ensine que a humanidade cresce com o erro. Errar é a melhor forma de alcançar e aprender.
9. Mostre que a paciência ninguém lhe tira, porque ela é interna;
10. Não faça por eles o que eles querem fazer sozinhos. Mas seja sempre gentil.
11. Valide todas as suas emoções. Todas as formas de sentir são bonitas e dignas. Não diga para pararem de chorar. Não há nada de errado com nenhuma emoção.
12. Seja grato pelo filho que tem. Agradeça todos os dias pelo maior presente que a vida te deu. Mesmo com os desafios, comportamentos difíceis e complexidades da criação. Afinal, o que lhe abrirá portas é a maneira que ele se enxerga e as crianças se enxergam através dos olhos de seus pais.

Márcia Tosin

publicado por momentoskatia às 15:55

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