"Perguntei ao meu veterinário qual a parte mais difícil da sua profissão. Ele me disse que é quando vai sacrificar algum animal. Que 90% dos donos preferem não ficar na sala, e quando ele começa a injetar, os animais ficam insistentemente olhando em volta, procurando por seus donos pela sala... Isso quebrou meu coração.
Ele disse: Quando se é dono de algum pet, geralmente ele se vai antes de você. Então, quando você o leva para o veterinário para ser eutanasiado, você precisa saber de uma coisa: você está no centro do universo pra ele. Eles são apenas parte da sua.
Então, eu imploro: Não os deixe! Não faça com que essa transição da vida para a morte seja feita num lugar apenas com estranhos. O que as pessoas precisam saber é que ELES PROCURAM POR VOCÊ QUANDO VOCÊ OS DEIXA PRA TRÁS.
Eles procuram em cada face naquela sala por alguém que eles amam.
Eles não entendem o porque de você tê-los deixado quando estão doentes, com dor, velhinhos, assustados.
Se é difícil pra você, imagine pra eles, que estão no momento mais vulnerável de suas vidas, e pessoas como eu (veterinário) tendo que explicar, olhando eles assustados, que você apenas não está lá..."
Fique e segure a mão do seu amigo... e ele terá a última visão da pessoa mais especial, você...
"Há um período em que os pais vão ficando órfãos de seus próprios filhos. É que as crianças crescem independentes de nós, como árvores tagarelas e pássaros estabanados.
Crescem sem pedir licença à vida.
Crescem com uma estridência alegre e, às vezes, com alardeada arrogância. Mas não crescem todos os dias, de igual maneira, crescem de repente.
Um dia, sentam-se perto de você e dizem uma frase com tal maturidade que você sente que não pode mais trocar as fraldas daquela criatura.
Onde é que andou crescendo aquela danadinha que você não percebeu?
Cadê a pazinha de brincar na areia, as festinhas de aniversário com palhaços e o primeiro uniforme do maternal?
A criança está crescendo num ritual de obediência orgânica e desobediência civil.
E você está agora ali, na porta da discoteca, esperando que ela não apenas cresça, mas apareça!
Ali estão muitos pais ao volante, esperando que eles saiam esfuziantes sobre patins e cabelos longos, soltos.
Entre hambúrgueres e refrigerantes nas esquinas, lá estão nossos filhos com o uniforme de sua geração: incômodas mochilas da moda nos ombros.
Ali estamos, com os cabelos esbranquiçados.
Esses são os filhos que conseguimos gerar e amar, apesar dos golpes dos ventos, das colheitas, das notícias, e da ditadura das horas. E eles crescem meio amestrados, observando e aprendendo com nossos acertos e erros.
Principalmente com os erros que esperamos que não repitam.
Há um período em que os pais vão ficando um pouco órfãos dos próprios filhos.
Não mais os pegaremos nas portas das discotecas e das festas. Passou o tempo do ballet, do inglês, da natação e do judô. Saíram do banco de trás e passaram para o volante de suas próprias vidas.
Deveríamos ter ido mais à cama deles ao anoitecer para ouvirmos sua alma respirando conversas e confidências entre os lençóis da infância, e os adolescentes cobertores daquele quarto cheio de adesivos, posters, agendas coloridas e discos ensurdecedores.
Não os levamos suficientemente ao Playcenter, ao shopping, não lhes demos suficientes hambúrgueres e cocas, não lhes compramos todos os sorvetes e roupas que gostaríamos de ter comprado.
Eles cresceram sem que esgotássemos neles todo o nosso afeto. No princípio, subiam a serra ou iam à casa de praia entre embrulhos, bolachas, engarrafamentos, natais, páscoas, piscina e amiguinhos. Sim, havia as brigas dentro do carro, a disputa pela janela, os pedidos de chicletes e cantorias sem fim.
Depois chegou o tempo em que viajar com os pais começou a ser um esforço, um sofrimento, pois era impossível deixar a turma a os primeiros namorados.
Os pais ficaram exilados dos filhos.
Tinham a solidão que sempre desejaram, mas, de repente, morriam de saudades daquelas "pestes".
Chega o momento em que só nos resta ficar de longe torcendo e rezando muito (nessa hora, se a gente tinha desaprendido, reaprende a rezar) para que eles acertem nas escolhas em busca de felicidade.
E que a conquistem do modo mais completo possível. O jeito é esperar: qualquer hora podem nos dar netos. O neto é a hora do carinho ocioso e estocado, não exercido nos próprios filhos, e que não pode morrer conosco.
Por isso os avós são tão desmesurados e distribuem tão incontrolável carinho. Os netos são a última oportunidade de reeditar o nosso afeto. Por isso é necessário fazer alguma coisa a mais, antes que eles cresçam.
Aprendemos a ser filhos depois que somos pais. Só aprendemos a ser pais depois que somos avós..."
Lê bem: métodos contraceptivos são conquistas feministas.
Houve um tempo em que fazer sexo por prazer era um privilégio masculino. Mulheres sofriam porque relações sexuais significavam risco de gravidez indesejada - por isso, para as mulheres o sexo sempre foi algo condenável.
Os debates feministas que envolviam a busca por uma autodeterminação reprodutiva, buscaram saída na ciência. Mulheres como Margaret Sanger, ativista e educadora sexual, e a bióloga Karherine McCormick tiveram envolvimento direto no surgimento da primeira pílula, em 1960.
Houve crítica de todos os setores conservadores, que viam a gravidez como um processo natural que não deveria ter interferência - os mesmos setores que hoje condenam a luta pelo aborto seguro.
Ao longo dos anos, a ciência transformou as fórmulas destas pílulas, mas os efeitos colaterais ainda podem causar danos graves ao organismo das mulheres.
Os movimentos feministas compreendem a conquista de cada método contraceptivo - mas questionam: porque 50 anos depois, ainda não existem pílulas contraceptivas destinadas ao uso dos homens?
Nós respondemos: 1. As farmacêuticas não estão dispostas a revolucionar algo que já funciona do jeito que está. Mais de 214 milhões de mulheres usam pílulas anticoncepcionais, movimentando US$18 bilhões por ano.
2. É cômodo apenas deixar o peso do cuidado com a contracepção com as mulheres. Homens estão dispostos a assumir essa responsabilidade e os riscos de saúde provocados pelo medicamento?
A última pesquisa, de 2016 foi interrompida porque os efeitos colaterais eram os mesmos a que mulheres estão submetidas.
" Estas duas fotos de Marilyn Monroe estão aqui pra te lembrar algo fundamental, um "acorda": mulheres lindas, maravilhosas, sensuais podem ter curvas, não precisam usar 38, nem ter barriga negativa, braços esguios, peitos empinados, pele lisinha.
. Uma das mulheres mais sexy do mundo era assim, voluptuosa, carnuda, gostosa. Por favor, a gente não pode acreditar que só existe um tipo de beleza - e que ela é esquálida, branca, jovem, sarada e que ganha beiços, bochechas e sei lá mais o que a cada temporada. . Não! Existem magras, gordas, curvilíneas, saradas, molinhas, com furinhos, com marcas da vida, baixas, altas, velhas, jovens, pretas, brancas, peludas, cabeludas, carecas. . Mulher não é boneca, não tem molde. A gente tem é que entender a nossa beleza e cuidar dela com carinho, esquecer este padrão castrador que diz muito mais sobre domínio, exploração, controle, submissão, insatisfação. . Se a gente for atrás dele, do maledeto padrão, pira, afinal, nunca seremos belas, magras, jovens, boas, beiçudas o suficiente, né? . Cada uma tem que saber do seu corpo, de como se sente bem, de como gosta de se ver, de se perceber, sem regras. Sem regras. Libere a Marilyn que tá guardadinha aí. . (Marilyn Monroe morreu jovem, aos 36 anos). . Fonte: Patrícia Pontalti (Facebook -
Ele tem 85 anos e insiste em segurar a mão da esposa por onde passa ... Quando lhe perguntei por que sua esposa estava distraída, como se não estivesse seguindo ninguém, ele respondeu: "ela tem Alzheimer". Então eu perguntei a ele: "Sua esposa ficará preocupada se você soltar a mão dela?"
E ele me respondeu: "ela não lembra, ela não sabe mais quem eu sou, ela não me reconhece há anos". Surpreso, eu disse a ele, "e ainda assim você continua a guiá-la na estrada todos os dias, mesmo que ela não o reconheça." Ele sorriu, olhou nos meus olhos e disse: "Ela não sabe quem eu sou, mas eu sei quem ela é."
" Não foram as bruxas que queimaram. Foram mulheres. Mulheres que eram vistas como: Muito bonitas, Muito cultas e inteligentes, Porque tinham água no poço, uma bela plantação (sim, sério), Que tinham uma marca de nascença, Mulheres que eram muito habilidosas com fitoterapia, Muito altas, Muito quietas, Muito ruivas, Mulheres que tinham uma forte conexão com a natureza, Mulheres que dançavam, Mulheres que cantavam, ou qualquer outra coisa, realmente! Qualquer mulher estava em risco de ser queimada nos anos 1600. Mulheres eram jogadas na água e se podiam flutuar, eram culpadas e executadas. Se elas afundassem e se afogassem, eram inocentes. Mulheres foram jogadas de penhascos. As mulheres eram colocadas em buracos profundos no chão. Por que escrevo isso? Porque conhecer nossa história é importante quando estamos construindo um novo mundo. Quando estamos fazendo o trabalho de cura de nossas linhagens e como mulheres. Para dar voz às mulheres que foram massacradas, para dar-lhes reparação e uma chance de paz. Não foram as bruxas que queimaram. Foram mulheres." 🖤🌹🖤 - Fia Forsström Gravura de R. Brend’Amour “La Illustracion Iberica”, 1885 (Witch Wolf)
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Em meio ao período em que a Igreja Católica exercia grande influência na Europa e era exercida essencialmente por homens, as mulheres que tinham conhecimentos em práticas de cura com o uso de plantas eram julgadas como “bruxas”, termo que ficou associado a pactos com o “diabo”.
Historicamente, as bruxas também são retratadas como mulheres fora dos “padrões de beleza social”, com o nariz grande, pontudo, cheias de verrugas e corcundas, com uma gargalhada horripilante e que eram temidas por sequestrarem crianças e as usarem em rituais macabros, segundo a religião cristã.
“Na idade média, entre o século XV e XII, fazia-se a caça às bruxas com a acusação de que elas faziam heresias. Heresias essas que não eram nem mais nem menos do que a expressão dos seus maiores dons. Ao se expressarem, ao usarem as plantas, ao rezarem aos seus Deuses (que não os cristãos), ao manterem uma grande conexão com a natureza (terra, água, sol, lua etc.), ao seguirem a sua intuição e os seus saberes mais íntimos como a premonição ou apenas aquelas que eram mais cultas, belas ou inteligentes. Eram queimadas, afogadas ou enterradas para que se calassem e não se expressassem como mulheres que eram”, explica a portuguesa e celebrante espiritual Cátia Silva, especialista em rituais.
Em entrevista à REVISTA CENARIUM, Cátia Silva lembra que, no princípio, os celtas acreditavam no fato de que, entre a noite do dia 31 de outubro e o dia 1º de novembro, o véu entre mortos e os vivos era mais frágil, sendo mais fácil a comunicação com os ancestrais. Segundo a celebrante espiritual, esse momento, para a cultura céltica, era uma grande festa, com rituais envolvendo fogueiras, a vela e ao fogo, e que traziam um misticismo próprio. Ao longo do tempo, o cristianismo adotou algumas dessas cerimônias pagãs e houve uma apropriação do Festival do Samhain.
Nos anos de 1693 e 1694, a cidade de Salem, nos Estados Unidos, chamou a atenção do mundo pela série de julgamentos de dezenas de pessoas, entre bruxas e habitantes locais, executados e torturados, em praça pública, por praticarem bruxaria. Com o grande número de execuções, o medo também dominava a região e, consequentemente, as lendas e contos sobre as bruxas e o que elas eram capazes de fazer tomaram o imaginário popular.
“O que aconteceu com essas mulheres, na Idade Média, foi que elas foram queimadas, não por terem algum saber extra-sensorial (muitas delas até tinham), mas a questão que quero defender é que nós, as mulheres, fomos habituadas a calar toda a nossa sabedoria interna para que não sofrêssemos consequências, da nossa família ou de nós próprias”, reforçou Cátia Silva.
Conforme o historiador britânico Malcolm Gaskill, professor da Universidade de East Anglia, “as mulheres atraíam muita desconfiança da Igreja e quando elas se mostravam habilidosas para lidar com a vida, seja preparando medicamentos ou atuando como parteiras, os bispos iam à loucura”.
“Depois de várias semanas de tortura, as mulheres confessavam práticas indescritíveis, como beijar ânus de gatos, beber sangue humano ou sacrificar crianças recém-nascidas”, descreve o historiador à revista Super Abril.
Injustiçadas
Diante do sentido pejorativo da palavra bruxa, criou-se, na sociedade, uma cultura machista e misógina na qual as mulheres passaram a ser desqualificadas pelos homens por se submeterem ao desconhecido e às “forças do mal”. Com isso, as mulheres sucumbiram a papéis secundários e submissos aos maridos. Mais de 3.800 pessoas foram julgadas por bruxaria na Escócia entre os séculos XV e XVIII e não houve desculpas formais pelos eventos hediondos.
Na lista de pessoas executadas por acusação de bruxaria, no período de “Caça às Bruxas”, estão a filósofa neoplatônica grega Hipátia (370-415 d.C), atacada e torturada até a morte por uma multidão cristã; o general chinês Zhang Liang (morto em 646), decapitado após ser acusado de feitiçaria; e a francesa Angèle de la Barthe, (1230-1275 d.C) queimada viva após ser acusada de ter mantido relações sexuais com o diabo e ter dado à luz a um bebê “monstro”.
Outras mulheres condenadas à morte por “bruxaria”
Petronilla de Meath (1300-1324 d.C)
Torturada e queimada viva na fogueira, após ser acusada de recorrer à métodos de bruxaria para enriquecer e assassinar seus maridos
Kolgrim (morto em 1407)
Condenado à morte na fogueira, após ser acusado de usar cânticos mágicos para enfeitiçar a mulher de outro homem
Matteuccia de Francesco (morto em 1428)
Queimada até a morte após ser acusada de prostituição, ter cometido profanação com outras mulheres, vender poções do amor e pomada medicinal feita com sangue de recém-nascidos
Joana d’Arc (1412-1431 d.C)
Condenada à morte, na fogueira, após ser presa sob acusação de assassinato e heresia
Agnes Bernauer Bernauer (1410 – 12 de outubro de 1435 d.C)
Jogada no Rio Danúbio, onde morreu afogada, foi acusada de bruxaria e feitiçaria
Gracia la Valle (morta em 1498)
Considerada a primeira execução por acusação de bruxaria na Espanha
Mark Antony Bragadini (morta em 1500)
Foi decapitada, após ser cusada de feitiçaria e bruxaria.
Essa imagem inundou os sites de notícias: vitima beija réu durante julgamento de feminicídio tentado. vc achou surpreendente? vamos lá! vc sabe por que isso acontece? 1) feminicidas são homens comuns, primários, de bons antecedentes e com perfil "bom cidadão";
2) a violência acontece só com a parceira, não nas ruas, então, a mulher acha que a culpa é dela;
3) agressores culpam as mulheres qdo perdem o controle;
4) agressores alternam comportamentos de violência com fases de arrependimento e "lua de mel";
5) em razão desses comportamentos, a vítima sofre da "síndrome da mulher maltratada"- perde a noção do perigo, não consegue tomar decisões ou levar adiante as decisões qto ao parceiro, assim, esse beijo não é um gesto de amor ou perdão, mas a prova viva de que a violência submete mulheres, mesmo à beira da morte.
Não acredite que você é culpada. Violência não! Peça ajuda!
Um homem de 92 anos, muito bem apresentável, estava se mudando para um lar de idosos. Sua esposa de 70 anos tinha morrido recentemente, e ele foi obrigado a deixar sua casa. Depois de esperar várias horas na recepção da casa de repouso, o homem sorriu suavemente no momento que eu lhe disse que seu quarto estava pronto.
Enquanto caminhava lentamente para o elevador, usando sua bengala, eu lhe descrevi seu pequeno quarto, incluindo a folha pendurada na janela, que servia de cortina.
"Eu gostei muito", disse ele, com o entusiasmo de um garoto de oito anos que acabava de receber um novo filhote de estimação.
"Senhor, você ainda não viu o quarto. Aguarde um momento, estamos quase lá."
"Sim, estou feliz com isso do mesmo jeito, não tem nada a ver com a aparência do meu quarto. A felicidade é algo que eu escolhi com antecedência. Se vou gostar do meu canto não depende do mobiliário ou da decoração, e sim de como eu decido vê-lo. E já está decidido em minha mente que eu gosto do meu quarto. É uma decisão que tomo todas as manhãs quando acordo.
Posso passar o dia na cama enumerando todas as dificuldades que tenho com as partes do meu corpo, que já não funcionam muito bem, ou posso me levantar e dar graças ao céu pelas partes que ainda estão funcionando bem. Cada dia é um presente, e enquanto eu puder abrir meus olhos, vou me concentrar no novo dia, e todas as boas lembranças que aconteceram durante a minha vida.
A velhice é como uma conta bancária. Você retira na vida adulta o que depositou ao longo do caminho."
- Por um momento, pensei nas palavras deste senhor, e tudo fazia sentido. Ele me fez perceber que na vida, temos de depositar toda a felicidade que podemos em nossa conta bancária de memórias. Assim, teremos sempre um tesouro delas para valorizar.
Gostaria de agradecer por todas as pessoas no preenchimento das minhas memórias felizes, e as que virão...
E eu também gostaria de lembrá-lo que, para viver uma vida feliz, você tem que libertar seu coração do ódio e livrar sua mente da preocupação. Simplesmente viver, dar mais e esperar menos!
-*- O tempo está passando... Se alegre pelas partes que funcionam bem do seu corpo e "Bora"! Não temos mais tempo para fazer o que não queremos! Se divirta!!!! E dê um jeito de fazer as outras partes do corpo funcionarem também!!!! Ainda dá tempo!! ;)
Mãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica.
Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica.
Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio.
Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando.
É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe.
Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora. Quando as certezas se desfazem. Mãe fica.
Mãe é a teimosia do amor, que insiste em permanecer e ocupar todos os cantos. É caminho de cura. Nada jamais será mais transformador do que amar um filho. E nada jamais será mais fortalecedor que ser amado por uma mãe.
É porque a mãe fica, que o filho vai. E no filho que vai, sempre fica um pouco da mãe : em um jeito peculiar de dobrar as roupas. Na mania de empilhar a louça só do lado esquerdo da pia. No hábito de sempre avisar que está entrando no banho. Na compaixão pelos outros. No olhar sensível. Na força pra lutar.